A terra, árida, gemia, rogava água
E o sol, insensível e torturador,
Queimava, queimava como uma frágua
Os lábios ressequidos do seu amor.
Secavam os rios, os lagos e as fontes
E as árvores, exaustas, caíam no chão.
As flores campestres ardiam nos montes
E o trigo, da cor funéria do carvão.
O dia, rubro, ardia em agonia
E a noite esperava que o dia
Desmaiasse, para salvar a terra.
Descia o sol abrasador no poente,
A lua cheia soluçava docemente...
Chorando sobre a calcinada serra.
(Luís Santos 27/6/10)
Me encanto com a tua versatilidade no poetar...Parabéns Poeta! beijos!
ReplyDelete